sábado, 16 de outubro de 2010

Já não somos um casal de banco de jardim…


Hoje eu e meu namorado (autor do blogue) visitámos um local marcante no início da nossa relação, o Miradouro de S. Pedro de Alcântara.

Nos primeiros tempos de relação, onde tudo são suspiros, beijos apaixonados, mão dada e sorrisos, tínhamos aquele grande dilema por que muitos casais passam: querer um espaço para estar juntos, mas não ter ou não saber bem onde.

Assim sendo, cada jardim de Lisboa tornou-se o refúgio perfeito para darmos azo aquele sentimento novo que crescia a cada momento e em pouco tempo conhecia-mos uma panóplia de jardins lisboetas e cada banco de jardim foi a casa dos nossos sonhos durante aqueles momentos.

Não demorou muito até conhecermos muitos dos jardins e miradouro lisboetas e Lisboa assistiu de camarote ao crescimento da nossa relação.

As coisas mudaram.

A relação dura há um bom tempo, já temos o nosso espaço e por isso raramente visitamos aqueles lugares que nos eram tão familiares.

Mas hoje foi uma excepção. Decidimos aproveitar uma tarde de sol e como quem não quer a coisa fomos parar ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara.

O sol, a paisagem, o corrupio de turistas…tudo de repente se avivou na nossa memória. E como qualquer casal de namorados, escolhemos um banco de jardim e sentámos-nos lado a lado como muitas vezes antes fizéramos.

De repente um silêncio tomou conta da situação.

Comentámos a paisagem (linda como sempre), uma tuna académica que tocava nas imediações, os turistas a passar, mas nada mais…. Não sentimos, como antes, a necessidade de aproveitar cada segundo para mostrar ao outro o que estávamos a sentir.

A impaciência tomou conta de nós e tornou-se difícil continuar ali sentado, insurgindo o desejo de passear e gozar aquela tarde de sol. Foi então que, praticamente em conjunto concluímos, sorrindo, que já não somos um casal de banco de jardim.

Se isso é mau? Nós não achamos!

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